Resultado da pesquisa (1)

Termo utilizado na pesquisa intoxicação hepatógena crônica por cobre

#1 - Experimental poisoning of sheep by Senecio brasiliensis (Compositae)

Abstract in English:

In experimental studies with Senecio brasiliensis (Spreng.) Lessing, 12 eighteen-months-old sheep were force-fed orally or by ruminal canula, the dried aerial parts of the plant collected during sprouting. Two sheep of the sarne age were used as controls. Plant related death occurred in 4 animals fed amounts of the plant corresponding to 15, 18 and 60 percent of their body weight. Another animal died of an unrelated disease. All animals remained in good condition throughout the experiment. Clinical signs, lasting from 1 to 5 days, and observed only in those animals that went on to die, were: depression, loss of appetite, loss of rumination, drooling of thick saliva, jaundice, and dark urine. The most important necropsy findings included jaundice, enlarged livers with accentuation of the lobular pattem, and darkened kidneys. Microscopically there was liver cell degeneration and necrosis associated with varying degrees of cholestasis, bile duct hyperplasia, hepatomegalocytosis and fibroplasia, although proliferative and megalocytic lesions were never very marked. The most prominent lesion in the kidneys were tubular nephrosis with the presence of bile pigment in the renal tubular epithelium and tubular lumina, and hyalin casts in the tubular lumina. Copper levels were high (800 and 950 ppm) in two of the dead animals and normal (349 and 159) in the other two. The clinical-pathological syndrome presented by the four animals which died suggests a form of chronic hepatogenous copper poisoning, secondary to pyrrolizidine alkaloidosis. The animals which did not die did not show clinical signs, and were sacrificed and necropsied at least 120 days after the last plant feeding. None of the sacrificed animals presented gross lesions, although some revealed milder microscopic liver changes similar to those above described. It was concluded that sheep are more resistant to the effects of Senecio brasiliensis than cattle. The results of theis study suggest that the use of sheep to control the plant, in order to preventt S. brasiliensis poisoning in cattle, would not be safe.

Abstract in Portuguese:

Num estudo experimental com Senecio brasiliensis (Spreng.) Lessing, 12 ovinos de 18 meses de idade receberam, por via oral ou por fistula ruminal, as partes aéreas dessecadas da. planta colhida durante a brotação. Dois animais da mesma idade foram usados como controle. A morte devido a planta ocorreu em 4 animais que receberam quantidades da planta correspondentes a 15, 18 e 60 por cento de seus pesos corporais. Um 5º animal morreu de doença intercorrente. Todos os animais permaneceram em bom estado de nutrição durante todo o experimento. Sinais clínicos, que foram observados apenas nos animais que morreram, tiveram uma evolução de 1 a 5 dias e incluíam apatia, anorexia, parada da ruminação, salivação abundante e viscosa e icterícia. Os achados de necropsia mais importantes encontrados nesses animais foram de icterícia, fígado aumentado e com acentuação do padrão lobular e rins de coloração escura. Microscopicamente, havia degeneração e necrose hepatocelulares associadas a vários graus de bilestase, hiperplasia de duetos biliares, hepatomegalocitose e fibroplasia, embora as lesões proliferativas e de megalocitose nunca fossem muito marcantes. Nos rins, as lesões microscópicas mais proeminentes eram de nefrose tubular com presença de pigmento biliar no citoplasma das células epiteliais e na luz dos túbulos e de cilindros hialianos na luz dos túbulos. Dentre os animais que morreram os níveis de cobre estavam elevados (800 e 950 ppm) no fígado de dois animais e não elevados (349 e 159 ppm) em dois outros. A síndrome clínico patológica apresentada por quatro animais que morreram sugere uma forma de intoxicação hepatógena crônica por cobre, secundária à intoxicação por alcalóides pirrolizidínicos encontrados na planta. Os animais que não morreram espontaneamente também não apresentaram sinais clínicos e foram sacrificados e necropsiados, no mínimo, 120 dias após a última administração da planta. Nenhum desses animais sacrificados mostrou lesões macroscópicas, embora alguns mostrassem alterações hepáticas histológicas menos acentuadas, mas semelhantes as acima descritas. Conclui-se que os ovinos são mais resistentes a ação do S. brasiliensis do que os bovinos. No entanto, os resultados desse experimento sugerem que não é seguro o uso de ovinos para o controle da planta, a fim de prevenir a intoxicação por S. brasiliensis em bovinos.


Colégio Brasileiro de Patologia Animal SciELO Brasil CAPES CNPQ UNB UFRRJ CFMV